ANÁLISE DA COLETA DE DADOS


A coleta de dados no processo de pesquisa é um instrumento pedagógico onde o investigador procura levantar informações sobre determinados temas, sejam essas informações escritas ou apenas observadas, pois elas são importantes para a construção de novos conhecimentos. O método de coletar dados é utilizado principalmente pela possibilidade de aprofundamento no estudo dos processos observados, segundo Hartley (1994), o estudo de caso consiste em uma investigação detalhada, com a coleta de informações. Desse modo a partir das leituras e debates realizados em sala de aula elaborei uma atividade para ser desenvolvida com uma criança com o intuito de analisar o processo alfabético de leitura e escrita.
             Partido da concepção que busca o conhecimento, Onaide e Olympio faz uma ponte de ligação com as autoras Ana Teberosky e Emília Ferreiro mostrando os resultados de pesquisas da “Psicogênese da língua escrita”, essa teoria é demonstrada pelas duas pesquisadoras. A análise comprovou que tanto a criança quanto o adulto sabem que a escrita é um sistema de representação e fazem hipótese de como se codifica determinada letra, palavra, frase ou texto. A psicogênese da língua escrita delineia como o aprendiz se apropria dos conceitos e habilidades de ler e escrever, mostrando que a cognição dos atos linguísticos seguem um percurso semelhante, até chegar ao sistema alfabético.
A partir da coleta de dados feita com Gabriel de apenas 5 anos de idade estudante da escola Municipal Lourival Rosa de Sena, localizada no município de Jaguaquara, pude perceber  o nível de leitura e escrita em que o mesmo se encontra. Gabriel aluno do Ciclo Infantil 1 encontra-se em transição do nível  pré-silábico para o silábico,  pois percebi na escrita do aluno variedade na quantidade e no repertório de letras, o aluno preocupa-se em utilizar letras que correspondem ao som inicial e/ou final da palavra. Segundo Mendonça e Mendonça o aluno avança para o próximo nível de escrita, o silábico, quando o professor questiona sobre a quantidade de vezes que abrimos a boca para pronunciar determinada palavra, a partir daí o aluno começa a antecipar a quantidade de letras que deve registrar para escrever a palavra. (MENDONÇA; MENDONÇA p. 39).


É de suma importância que o professor reconheça conheça os níveis de leitura e escrita dos seus alunos, pois assim conseguirá identificar em que nível seu aluno se encontra, só assim ele pode buscar formas de auxiliar seu aluno a desenvolver cada vez mais a habilidade de leitura e escrita.


REFERÊNCIAS

HARTLEY, J. F. Case studies in organizational research. In: CASSELL, C.; SYMON, G. Qualitative methods in organizational research: a practical guide. London, Sage, 1994.
MENDONÇA, Onaide Schwartz; MENDONÇA, Olympio Correa de. Psicogênese da Língua Escrita: contribuições, equívocos e consequências para a alfabetização. In: UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Pró-Reitoria de Graduação. Caderno de formação: formação de professores: Bloco 02: Didática dos conteúdos. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011. v. 2. p. 36-57. (D16 - Conteúdo e Didática de Alfabetização). Disponível em: <http://acervodigital.unesp.br/handle/123456789/40138>. Acesso em: dia mês abreviado ano.
MENDONÇA, Onaide Schwartz; MENDONÇA, Olympio Correia. ALFABETIZAÇÃO MÉTODO SOCIOLINGUÍSTICO: Método Sociolinguístico Consciência Social, Sílaba e Alfabética em Paulo Freire. Editora: CORTEZ 2007.


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